Autenticidade é um tema que me faz brilhar os olhos.
Por estar frequentemente me informando sobre assuntos relacionados à moda e comportamento, admiro muito as pessoas que são autênticas. Essas pessoas agem de acordo com aquilo que realmente acreditam e não dependem de tendências para criarem sua identidade pessoal. Então, que tal explorar sua autenticidade?
Claro que a autodescoberta é um processo complexo, de vai e volta, dores, amores, e diversos sentimentos. Contudo, investir em autoconhecimento, crenças e valores pessoais é algo extremamente valioso, um processo iterativo e que ninguém poderá tirar esse conhecimento de você.
Sabe por quê? Pois ninguém tem como ser você, ninguém viveu o que você viveu, e isso é o mais encantador de todo esse processo. Por mais que sigamos tendências ou tentemos viver estilos de vida incompatíveis com a nossa realidade, jamais seremos iguais à outra pessoa, e insistir nessa ação gera frustração com o tempo.
Afinal, o que a moda tem a ver com esse processo?
“A moda tem que refletir quem você é, o que você sente no momento, e aonde você está indo”. Pharrell Williams
Se vestimos roupas todos os dias, se fazemos escolhas todos os dias, estamos falando de moda. Porque moda é comportamento!
Olhando por esta perspectiva, precisamos ser verdadeiros na hora de nos vestirmos.
Compreendo que nem sempre conseguimos expressar integralmente nossos valores, pois ainda temos algumas barreiras que nos impedem disso, como preços altos e acessibilidade, mas isso é uma discussão a parte. Então, o máximo que conseguirmos avançar e melhorar nossas escolhas diárias, já estaremos fazendo uma grande diferença na busca pela nossa autenticidade e também para o meio-ambiente.
Com o passar do tempo, vamos percebendo que esse grande nó vai se desfazendo, e o caminho vai ficando mais claro, tornando o processo mais fluido e natural.
Hoje já considero que não estou mais no início desse processo, porque evolui muito, mesmo não sendo um caminho fácil. Pois os sentimentos de culpa, responsabilidade e “não verdade” estão muito presentes, como dito, é um processo de autoconhecimento e isso requer coragem.
O mais importante de tudo é manter a calma e entendermos que nem tudo é nossa culpa, mas que sim, temos responsabilidade nas nossas escolhas futuras a partir do momento que despertamos a consciência integral do nosso consumo.
Podemos encontrar na plataforma de streaming Netflix um documentário sobre Michelle Obama, Becoming (Minha História), homônimo de sua autobiografia. Num curto trecho deste, foi comentado sobre a relevância da moda como ferramenta estratégica para fortalecer a imagem da Primeira-Dama na época. A estratégia visava usar a moda para dar foco à fala e mensagem que Michelle precisava passar, funcionando como aliada à sua imagem e não como elemento principal.
Além desse trecho, super recomendo o documentário, é dinâmico, inspirador e carrega muito conteúdo relevante relacionado à tudo que representou o mandato de Barack Obama e a presença da figura feminina de Michelle.
Concluindo, o mais importante de tudo é respeitar o seu processo, estar presente nele. Pesquise sempre, acompanhe marcas, converse com pessoas que tenham um domínio maior do assunto, participe de palestras e afins. Até a próxima!