Mas como isso acontece?

Os responsáveis por essa questão são os atalhos cerebrais, também conhecidos como MARCADORES SOMÁTICOS. Esses marcadores desempenham um papel crucial em nosso processo de tomada de decisão, influenciando nossas escolhas de forma subconsciente.

O cientista Antonio Damasio descreve esses atalhos como lembretes do nosso cérebro. Ao longo da vida, acumulamos experiências que se tornam referências para decisões futuras. Essas experiências moldam nossas percepções e julgamentos, permitindo-nos tomar decisões mais rápidas e eficientes.

Esses marcadores estão presentes em todas as nossas escolhas.

Por exemplo, sabemos instintivamente que não devemos colocar a mão no fogo, pois isso resultará em dor. É o nosso instinto de sobrevivência em ação. No entanto, os marcadores somáticos também influenciam nossas decisões mais complexas, como as relacionadas ao consumo.

Conforme acumulamos experiências com as marcas, nossos marcadores somáticos se ajustam, tornando-nos mais inclinados a escolher marcas que associamos a experiências positivas. Por outro lado, se tivermos experiências negativas, podemos desenvolver uma aversão a uma determinada marca, tornando mais difícil para ela reconquistar nossa confiança.

Essa compreensão dos marcadores somáticos oferece um insight valioso para as marcas.

Elas precisam criar experiências positivas e consistentes para os consumidores, a fim de cultivar associações positivas em suas mentes subconscientes.

Isso envolve não apenas fornecer produtos ou serviços de alta qualidade, mas também criar conexões emocionais e oferecer um excelente atendimento ao cliente.

Portanto, as marcas que desejam conquistar e manter a fidelidade dos consumidores precisam entender e aproveitar os poderosos efeitos dos marcadores somáticos em nosso processo de tomada de decisão. Ao fazer isso, elas podem se destacar em um mercado cada vez mais competitivo e construir relações duradouras com os clientes.