Por muito tempo vivemos (até hoje, na verdade) acreditando que quanto mais opções temos, melhor, pois isso seria sinônimo de liberdade. Mas o que acontece de fato é o contrário.
As inúmeras opções de escolha que nos são apresentadas, nos geram frustração e ansiedade.
Se você tiver um tempinho sugiro que assista esse TED: o Paradoxo da Escolha e depois continue o texto.
Vou te dar um exemplo bem comum e presente na vida de muita gente: o controle remoto.
Veja essas duas imagens:
Na primeira, é um caso muito comum para acessibilidade de pessoas idosas, que acabam se confundindo com a quantidade de botões, então optam por “eliminar” aqueles que não são úteis para eles (e para a maioria das pessoas). A intenção de ter colocado diversos botões, é a de personalizar a experiência de quem está assistindo à TV, permitindo opções de mudança, mas o que ocorre na praticidade da rotina é que essas opções não se fazem necessárias e acabam por atrapalhar a maioria de nós. Consequentemente, os novos controles estão sendo feitos de forma minimalista, facilitando seu uso.
Um grande leque de escolhas nos trava, nos torna improdutivos, cansados e insatisfeitos. Vejamos pela quantidade de informação que nos cerca atualmente, quem não está cansado das redes sociais pela infoxicação midiática?
Apesar das melhores das boas intenções ali presentes, é coisa demais! E o que torna isso exaustivo é a produção de conteúdo “mais do mesmo”.
Mais gente querendo ganhar espaço em cima de conteúdo já falado, mas agora maquiado e adequado para seu “público”. O bombardeamento de informações seria drasticamente reduzido se cada pessoa pensasse pelo menos 2x antes de publicar seu conteúdo apenas pelo engajamento e visibilidade.
Pense no seu conteúdo!
Reflita sobre ele, converse com ele. Pense em quem irá lê-lo: “esse conteúdo é relevante para quem vai ler?”, “estou agregando na vida dessa pessoa ou é mais um assunto saturado no feed dela?” São perguntas simples que podem fazer toda a diferença na dinâmica em que vivemos.
Valorizemos os bons conteúdos!
Não vou arriscar dizer por todas as pessoas, mas muita gente está exausta e quer suas redes sociais preenchidas com conteúdos relevantes, com verdade, posicionamento, ensinamentos úteis… a lista vai longe.
Colabore com relevância ou prefira o silêncio. Entenda que é normal e saudável não saber sobre tudo e não precisar pertencer à todos os espaços. Mas não confunda isso com a falta de opinião e posicionamento, ok? Não é sobre ser uma pessoa passiva, é sobre relevância e fazer diferente, com autenticidade.
Parede branca é revolução em meio à tantos muros pintados.
Me deparei um dia com a frase acima, não sei quem a escreveu mas confesso que me incomodou. E quando algo me incomoda eu tento entender o porquê, seja para o bem ou para o mal. E por incrível que pareça, depois de um tempo eu vi um bom significado e compreendi a mensagem. Ela não critica a arte, grafite ou muros coloridos em si. É uma metáfora sobre o excesso de informação, sobre a necessidade e importância do silêncio.
Considerando as cores como todas informações que nos cercam, optar por uma parede com ausência de cor é escolher a essência, pureza e verdade.
Novamente, a reflexão de hoje surgiu no meu período de TCC quando comecei a questionar sobre as inúmeras opções que nos cercam e nos deixam exaustos todos os dias. Assim, quis estudar para compreender onde a moda contribuia para esse esgotamento mental, pois ela tem uma amplitude muito grande nas nossas vidas, nós estando conscientes ou não deste fato.
Se não escolhermos a partir do que acreditamos, nossos valores, desejos, sonhos, visões, etc., permitiremos que os outros designem quem somos, mesmo sem permitir isso. Louco, né?
E a pergunta que não quer calar, onde fica nossa autenticidade no meio disso tudo?
Gostaria de saber também, e por isso defino meu compromisso com esse tema. Valorizar a autenticidade é aceitar e abraçar a diversidade no mundo. Portanto, padronizar pessoas é a pior forma de fazermos isso. Neste texto do Mario Sergio Cortella, ele afirma que “Autêntico é aquele que coincide com ele mesmo”. É sobre abraçar suas origens e tudo que fez quem você é e para onde você vai a partir de agora.